sábado, 20 de junho de 2009

Rafael Moura procura fora da Faculdade maneiras de construir um mundo melhor


Por Bruna Talarico



Foi em 2007 que Rafael Moura sentiu na pele que comunicação vai muito além das palavras e dos domínios de uma faculdade. Ao ver crianças de um colégio público da favela da Maré – uma das maiores e com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país – se apresentando em uma mostra artística, ele sentiu que era seu dever ajudar a tornar realidade os sonhos dos pequenos. Hoje, depois de dois anos de trabalho com o grupo, o Amar é Dança – que faz um trocadilho delicado com o nome da favela – já expandiu seus horizontes para muito além das catorze comunidades que a compõem: Rafael Moura já levou as crianças para bem mais perto de uma realidade melhor.

Com idades que vão dos oito aos 15 anos, os alunos do CIEP Operário Vicente Mariano não se restringem a mostrar, pela expressão corporal, o dia-a-dia na favela. Nas duas apresentações feitas na Faculdade CCAA, sob o olhar atento de Rafael Moura, as crianças foram do funk à valsa, em uma prova concreta de que a felicidade está onde se menos espera.

- É um trabalho muito gratificante. Eu posso dizer com toda a certeza do mundo que aprendo mais com eles do que eles comigo. Aprendo que a felicidade não depende de bens materiais, e que uma vida melhor pode estar bem mais perto do que se imagina, é só você correr atrás e não perder as esperanças de crescer e melhorar de vida – diz Moura com um sorriso no rosto, emocionado.

Hoje, o Amar é Dança já tem em sua agenda apresentações em diversos pontos do Rio – fruto do trabalho incansável de Rafael Moura, que quer mostrar à cidade que o importante, sempre, é correr atrás. E fazer a diferença.

Muita coisas e cada contato com eles eu aprendo, por que eles vivem com muita felicidade uma realidade muito diferente da minha

E nunca perder as esperanças de poder crescer, melhorar de vida

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